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terça-feira, 23 de março de 2010

Poema particular

Apesar de a calma inerente

fazer um pouso plácido

em minha face,

e minha voz ter a cadência

dos anciãos,

eu sou mesmo é um temporal...


Agora, a igualdade existe tão somente para os iguais...

Então cada pedra se encontra em meio aos pedregulhos,

cada tolice faz sentido em meio aos tolos

e a rocha firme da solidão encontra abrigo

no seio obliquo da ausência, que é também algum vazio...


Mas a noite possui uma música boa

e a insônia é perpendicular ao caos:

paralelos distantes, de dia os olhos pendem.


Então diga por que amanhã é tão pretérito?


Os dentes mordem e a boca saliva palavrões,

algum pulmão passando apuros,

e aquela ressonância se revelando em particularidades:

calar a boca com um manifesto, algo óbvio, lógico!


A gaiola se abre e o pássaro não consegue fugir...

2 comentários:

Lílian Alcântara disse...

cada frase é um poema à parte

Sentimentalidades-Todas disse...

Cada um atribui um significado particular ao que lê, ao que supõe ser a energia criadora dos escritos alheios...
Bom mesmo é poder entender a dita tecitura sem grandes explicações - sem rimas também. Ver tudo saltar aos olhos e sentir pulsar um mundo no meio do peito...

Eu assino. Eu abro... e até posso fazer a mim e ao ponto equidistante voar.

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