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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

outros becos

...eu sinto o chão, irmão,
é que a terra desabou abaixo de mim.
nesse limite sem fim
o catador não reclamou
a lama que pisa,
nem confusa é a palha
que teu teto derrama,
teto de nuvem, cinza ao lado.
sim, tinha uma fotografia no quadro,
quatro patas como companheira,
um focinho abandono
que não sentia mais o cheiro
desse tempero debalde.
Amiúde, toda insistência do mundo
em caminhar por essa terra
misturada, às vezes estrangeira,
de tanta lida e cansaço,
que, vestido de palhaço,
eu rumo sem eira
pelo desconhecido
de asfalto e beco
dessa cidade...

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom, Márcio! Gosto muito do seu jogo de palavras

Beijo.

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