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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

além das paredes

quedo agora, no tempo,
sem esse lamento
nem inoperância

quedo sem a autoria
dos meus versos
quase secos
e bebo a fome

e engulo esse aço
camboio de setembro
onde findam as horas

eu danço, meu bem
meus pés são esse
templo sagrado

que é por onde me perco
quase sempre rua afora
que é por onde teço
minhas preces

meu corpo é de pedra
e cartilagem
é onde mora a brutal
inconsistência de mim

um apartamento sem portas
entra quem quer entrar
sai quem quiser sair

fica quem me tolera
além das minhas máscaras

4 comentários:

Quintal de Om disse...

Ah, eu entro.

Piso leve no seu chão, abro um pouco as cortinas pra entrar mais luz (se me permite rs)

Me aconchego num cantinho com as pernas cruzadas.

Quero saber das tuas histórias.

Gosto e quero ficar. Posso?

Abraços, flores e estrelas...

Sueli Maia (Mai) disse...

A dança, assim como a poesia - ela mesma - consegue amolecer os corpos de pedra, Márcio.

"Eu danço, meu bem".

beijos, amigo do coração.

Juliana Matos. disse...

Onde mora a inconsciência de cada um, dentro de nossas portas, da mente,e quem quiser chegar que fique a vontade, e quem quiser sair também se sinta! ótimas palavras Márcio
Um abraço

Anônimo disse...

É só falar de máscaras que entro no jogo, teatro é o meu (su)porte ;)

Beijo!

Ps.: Já está na minha galeria, obrigada pelos poemas.

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