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sexta-feira, 10 de julho de 2009

Da maravilha das coisas

Ah, esse ópio meu, esse nervo ótico
remexendo meu olhar para coisas belas!
Aqui, dessa janela, o encontro é entre
as pessoas que andam e a paisagem parada...
Dessa alma escancarada vê-se o horizonte
apreciando perscrutares ao longe,
viés de engano que sonda essas fronteiras nossas,
dizendo – que maravilha!
Essa maravilha nunca saiu daqui, peito acanhado,
nem meu nem teu...
Essa maravilha se revela apenas
quando a permitimos se revelar.
E a maravilha indissociável, inerente,
imutável, que há em cada um,
também não muda... Nunca.
Muda apenas os olhos alheios
a que tanto damos atenção
e que validamos sempre a beleza e a ruína
que eles nos mostram.
Dê olhares a teus olhos, vista a beleza de nudez
e transparência e seja apenas sorriso,
pois não se pode furtar o que de fato nos pertence.

2 comentários:

Quintal de Om disse...

E que os olhares ainda mornos se vistam de sorrisos quentes e irradiantes, mesmo que por entre os dentes cerrados dessa íris.

E a transparência dos peitos revelados e que se descobrem em sentimento e maravilha, ainda possa ser disseminado em gestos em mãos e carinhos, pra quem quiser, por quem quiser e acredita que a riqueza da vida está mesmo na simplicidade dela.

Beijo Meu, querido!

Paula Barros disse...

"Essa maravilha se revela apenas
quando a permitimos se revelar."

Existe sempre muita beleza dentro do ser humano, no entanto, por dores, desilusões, frustações, perdas...ficamos sem ver a nossa própria beleza e o mundo e os outros perde muito do encanto e da beleza.

beijo

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