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domingo, 19 de julho de 2009

íntimo vazio

no meio do vazio
conheço esse enredo
que me laça – esmoreço –
pois a lança cega
me transpassa o peito
como arvoredo
balançando suas preces
sobre o vento.
aqui, intimo vazio,
sou uma solidão
que espanta esse tormento
e padeço pagando
um preço:sou supremo
e prisioneiro,
um silêncio
a espreita
de me conceber
em tempestade.
noite ilustrada, súbito vazio,
sou um choro
de estrela
derramando seus orvalhos
sobre o incandescente
da madrugada
utilizando meu lenço
de desespero
para temperar
minha sede de vácuo.

8 comentários:

Dauri Batisti disse...

O meio do vazio
é o coração,
o meio do coração
é a dor. A planície

que se estende do peito
passa pela noite afora
e leva o prisioneiro humilhado.
Mas há uma supremacia,

uma pequena supremacia,
que está no seu silêncio
e na lenço
alçado como bandeira

de poesia.




Um abraço amigo, e parabéns
pela perseverança na poesia.

Hugo de Oliveira disse...

Poema lindo, viu.

Abraços


Hugo de Oliveira

SILVANA PEDRINI disse...

No meio do meu cansaço e da minha cabeça funcionando como um usina hidrelétrica, eu também estou vazia.

Te espero no blog!

Quintal de Om disse...

O vazio ainda assim é um repleto de espaço.

Beijo grande, passarinho dos ventos! rs

Fabricante de Sonhos disse...

Gosto da maneira como escreve. Adoro seu jogo de palavras e seus versos sempre precisos...
Ser uma solidão as vezes é uma saída, para aquilo que não queremos ver. E temos que ver...

Lindíssimo texto, tecelão.

Beijo meu...

Vivian disse...

...no espaço do vazio
há o silêncio.
e este é repleto de paz.

um beijo, querido lindo!

Beatriz disse...

seus poemas sempre captam fundo nossas emoções...
beijos

Sueli Maia (Mai) disse...

E lávoltamos ao desamparo primordial -o vazio.

Meu amigo querido andas escrevendo que é uma belezura.

beijo você!

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