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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Considerações sobre o amor

O amor foi obra posta,
dos dias que o coração sente,
das noites que as horas enganam.
O amor foi altaneiro,
foi quedar o pranto
que a dor engessou no peito.
Uma árvore deixa a sombra
saciar a sede – água que vai –
e a tarde enroscada
nas histórias escritas de pedra...
Cais de sonho, cai e rompe e mim
folhas livres que se atinaram
contra o solo, que, cúmplice, acolhe.
O amor foi subir escadas,
roubar o fruto ainda verde,
esconder a timidez em um abraço,
e deixar um afago dizer que foi saudade,
quando naquele canto
estava apenas um vazio sem nome...
O amor foi sumir desesperadamente
para não ter que prestar contas
tão caras com o sentimento,
que depois cobrou,
que ainda cobra.
O amor foi pescar no recôndito
do sentir um lugar que
pertence apenas a quem
se importou em manter
preenchido...
O amor não foi, o amor ainda é.
Pois o amor é aquela vontade
de mar, aquela que ainda vai
ser inundada com risos,
com abraços, com olhares,
com a única sensação que
faz o amor ser leve e duradouro
como o vento: a liberdade.

6 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

é você está abundante, transbordante em poesia, Márcio.
E o abraço esconde a timidez mesmo.

Beijos, querido

boas festas

Dauri Batisti disse...

O amor é aquela vontade de mar... Deve ser mesmo, um movimento de cheias e vazantes, de tempestades e calmarias.

Um abraço.

Bom fim de 2009

Quintal de Om disse...

Saudade de sentir um amor assim... Bonito poema, menino. Beijo meu

Sueli Maia (Mai) disse...

Meu amigo mais querido, POETA menino que neste poema É puro e imensamente AMOR andante, errante e talvez, mas só talvez, enfraquecido. Talvez, Márcio, mas não creio porque é o que mais se deseja, ou porque se perdeu ou porque se deseja reencontrar, ou porque o mundo se alarma frente a oculta face do desamor.

Márcio, eu não consigo ler você quando escreve assim, sem, invariavelmente me emocionar.

Por tanto (assim mesmo) e por TUDO que tens sido, tens escrito, tens conseguido, eu agora sou braços que te abraçam, mãos que te afagam e coração que se expande e que se imanta neste poema manto.

Um carinho, poetamigo mais querido.
Fica bem.

Márcio, deleta esse coments em mandarim, querido exclui inclusive de tua caixa, é vírus.

bjo

Vivian disse...

...poeta querido,

...hoje não venho aqui para comentar seu post,
e sim para virtualmente lhe deixar
o meu carinho e o meu abraço
desejando-lhe TUDO e NADA.

TUDO de bom,
e NADA de ruim neste 2010
que desponta com ares
de amor e paz!

e assim será!!

um beijo!

Beatriz disse...

bonito poema. amor é tudo aquilo que permanece quando tudo mais falha.
feliz ano novo poeta
beijos

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