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quinta-feira, 4 de março de 2010

Sem limite

Estou plástico
um retrato partido
sobre a tábua fria
e um pedaço de vidro
causando calafrio
na desesperança
de um dia mágico
Estou ébano
fruto proibido
que coibe o meu lábio
alíbe perfeito
na tua dança de cigana
que convida
para um grito máximo
Estou êxtase
forno em brasa
incoformada asa
levantando voo
e buscando pouso
na vida mais trágica
Estou lívido
ainda fosco
cinza e grafite
sem algum limite
para enxarcar de frases
a minha calma branca
de páginas
Hoje eu levantei
um verso
Hoje eu me fiz
rascunho
soco livre
punho de giz
no calibre
equilibrista
entre o dia sem notícia
entre a hora e a carícia
foi artista
fui um aço fui punhal
que em meu peito crave
Hoje eu sou
escravo
do meu universo
e não há mar de sal
que me lave

3 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Nos ilimites do ser, a matéria, a plasticidade e a tua poesia.Eu estou mole. Beijos meu amigo querido

Quintal de Om disse...

Gostei da "calma branca"

Mas tambem desejo que ela seja colorida pra ti, em dias assim, de vidro, ou de plástico.

De versos, rascunhos, do avesso, sem rumo, sem destino

Ou simplesmente, que seja da cor do vento... quando a gente sempre sabe quando a encontra!

Ela faz carícia na face, pousa beijo leve no lábio, qualquer desejo que surja, que arda, que queime, que consuma...

Assim, qualquer brisa que canta na curva da folha, mesmo sem acompanhante algum!

Beijo meu
Fica bem

Renata disse...

lindo

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