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sábado, 10 de abril de 2010

Crônica do pós moderno

Estamos no tempo da náusea onde somos cidadãos do mundo, mas nos sentimos estrangeiros de nós mesmos. É só, sem tino ou inteligência, observar o movimento das pessoas caminhando como ondas no mar imenso das cidades de pedra. São as calçadas, onde os tropeços, onde a pressa e o foco, na miopia virgem das horas, as melhores companheiras. E tanta face ausente, tanto rosto triste por cima dos viadutos, um olhar atrás do muro, outro a espreita do incrível silêncio que se faz pelo barulho ausente... Acho que Camus e Sartre, de alguma forma, abandonando às dialéticas da filosofia, possuem alguma verdade no que tange à solidão humana. Somos depressivos, um mal da pós modernidade, não há como fugirmos, estamos emaranhados nessa corrente. Aonde iremos? Não sei responder.

5 comentários:

Sentimentalidades-Todas disse...

Acho que vamos em busca do afrouxar dos elos da corrente.
Talvez o simples buscar já nós garanta algum aproximidade da "cura".

Sueli Maia (Mai) disse...

"É só observar o movimento das pessoas caminhando como ondas no mar imenso das cidades de pedra."

O destino é a foz e, enquanto isto haja poesia e chuva.
beijos, meu grande amigo.

Sylvia Araujo disse...

O olhar é quem pinta o cinza do pós moderno. A fuga é dentro.

beijoca

Lílian Alcântara disse...

A depressão cura-se com a "dê pós são" como diria um amigo meu, um bêbado amigo meu, digo.

Sueli Maia (Mai) disse...

Márcio, que passa?
Cinco dias sem ler-te e já me bate 'sordade'.

Beijo, amigo poeta.

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