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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Doze Anos

Aquela boca tingida de batom,
um ébano em cobertura púrpura,
cetim balançando pobre pela janela protegendo
da noite lá fora...
O balcão é o apoio das frustrações,
Um doze anos envelhecido apenas no rótulo barato,
aquele falso sabor, entorpecimento.
Amor é sentir a atmosfera selvagem
das coisas tortas
e o âmbar da madeira corroída
pelo tempo.
O olhar era mistura de lascívia,
minha libido desgovernada
tomada de vício, vicissitude que não aprendi,
pois entre suas pernas cruzadas
apenas o que meu desejo não pôde tocar.

2 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Esta série é muito boa, Márcio.
Nas ruas, vielas e bares, o desejo a interdição e a bebida que tampona o vazio desfilam em fino toque de tua poesia.

Gosto sim, Márcio e muito.

beijos meu amigo.

Quintal de Om disse...

Pude, claramente sentir... o cheiro, perfume, sentir o gosto.. a atmosdfwera! Gostei!

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