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sábado, 15 de maio de 2010

Imaculada

Dentro de um copo resta uma gota
guardando o silêncio das madrugadas.
A boca que ali bebeu era o estigma de
um lábio frio que desconhece o toque de um beijo...
Permanecem todos os conflitos guardados
e que causam as estrias pela teoria do caos
que todas as filosofias esqueceram.
Por que aquele homem chora agora
em sua estrada vestido de fúria e vento?
A mulher ainda desce a ladeira
e a cicatriz dos tempos acompanha
seus pés e deixa estampada
no chão todas as civilizações de uma guerra,
uma pegada no ápice das virtudes,
na alegoria de todas as lacunas,
na hegemonia de todas as vitórias,
na inocência de todas as batalhas.
Um lábio seco ainda fricciona
o sabor inestimável do dia.
É a glória do instante em reverência
aos deuses e suas divindades,
idades e frutos no amadurecimento
do que sentimos: uma luz perdida
no cerne abstrato de nós mesmos.
Rufam os tambores
e a fé imaculada da vida é um hóspede
que não tem hora certa para partir...

2 comentários:

Juliana Matos. disse...

As vezes caminhamos por estradas de fúria e de vento realmente, lacunas somos repletos, mais a cada instante de amadurecimento nos torna reverentes àquela luz que perdemos, mais a outras várias que ganhamos por nós mesmos, essa fé na vida que nos deixa assim, crentes de mais esperança!

Juliana

Sueli Maia (Mai) disse...

Imaculada, é esse poema sem mácula, ávido por luz.

Te gosto e admiro.
bjo, poeta.

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