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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

estranho

sou estranho
do tamanho
de um grão

e nesse humus
tão fecundo
me inundo

sou estranho
abro a porta
do avesso

e entro
e desço
e esqueço

que não
ainda não
pertenço aqui

sou estranho
porque faço
poesia

porque de dia
vivo uma vida
de cão

e de noite
morro de vez

4 comentários:

Erica de Paula disse...

Ah, lindo poema!
Adoro teus jogos de palavras!

Bjos no coração!

Zélia Guardiano disse...

Belíssimo, Marcio!
Belíssimo!
Parece que você tem palavras guardadas na sua cartola de mago...
Abraço.

Anônimo disse...

Encaixei-me nessa sua estranheza.

Vc escreve muuuiiito, Márcio! =)

Beijinho.

Olívia Comparato disse...

De estranhezas e avessos somos feitos. Lindo poema!
bj grande

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