Feed

Assine o Feed e receba os artigos por email

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

alguma rua

um cimento cru dói mais a alma
e as costelas que se encaixam
pelos vãos noturnos
sentem mais a frieza nua
do abandono
que a roupa invisível
da rua tomada de solidão
alguma vez toma de espanto
no silêncio da lua
dois olhos cheios da noite
cheios do dia
pelo insone da vida
sem sonhos

2 comentários:

Dauri Batisti disse...

ele disse:
a vida sem sonho
cairá no vão da noite.

mas ele ainda insiste:
acorda, atravessa
a rua da solidão.

depois, bem depois
dele ter se ido
ainda se ouvia
a sua voz:
em dia,
em dia,
viva seu dia.

Um forte abraço.

Sonia Schmorantz disse...

Muito bonito, mesmo que as ruas tomadas de solidão causem arrepios na alma!
abraço, bom fim de semana

Arquivo do blog