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sábado, 25 de dezembro de 2010

silêncio poético

eu deixei para trás
tudo, até mesmo pequenas pedras
e imagens de fotografias...
eu caminho com o incomensurável
e estou perdido. o destino
é um desatino
que eu cumpro com duas alpercatas
velhas, uma garrafa de rum
e um colérico estado de fim.
ah, ah, ah, rio, rio
alguma vez trôpego,
noutra, submisso ao tudo devastado
de escolacho da minha cara
cheia de deboche com o nada
que ainda consigo premeditar
naquela esquina onde parei
para delirar a minha sorte.
mas adeus, meu bem, é coisa
do previsível...
eu, eu sou é uma gota
presa no indomável universo
do meu mundo de abstração.
o fim começa em mim.

2 comentários:

Zélia Guardiano disse...

Maravilha, Márcio!
Poema de ritmo contagiante, de conteúdo precioso!
Gostei demais!
Forte abraço, amigo!

O que Cintila em Mim disse...

Um silêncio se instala no fim de seus versos e ele clama asas.

Tudo o que li foi pra me deixar pensando em sua sensibilidade.

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