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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

De que tamanho é meu sentir?

De que tamanho é o meu desespero nesse áspero eu, talhado em pedaços, áspero tempero, tragado dos meus passos, eu mascavo, doce e fel, liquidez dissolvida em meus cubos sólidos?

De que tamanho sou com você, um sonho somado, sou sem você, um tecido rasgado, sou sem você, um riso quebrado, sou com você, um lago inundado de imensidão?

De que tamanho sou, meu bem, nesse longe de nós, aqui, tempestade invasiva, eu a sós, esses nós em mim, em você, como ápice de um elo impregnante de verbo, de ser verbo, reverberando a razão de nos sermos?

De que tamanho sou uma manhã tão cedo, a respirar esses orvalhos seus de madrugada, esses lençóis guardados de sua ausência, aqui, meu tímido rio correndo a face, eu mero acaso de estar pedaço, um solto sem voz, estar envolto de seu abraço?

De que tamanho sou palhaço para me rir um aço de estar aqui, de estar você em minha presença, de ser essa anuência de validar meu riso nesse porvir?

3 comentários:

Unknown disse...

por isso gosto tanto daqui, pelos encontros possíveis.

Vivian disse...

...o seu sentir de fato,
ngm pode mensurar.
mas o meu...
ah,
este eu sei quando te sinto
em palavras de encantar.

grande beijo nesta
tua alma inspirada.

smacksssssssssssssssss

Zingador disse...

Meu caro, como gosto de ler você. Isso é genial, é uma obra atemporal. Tô em extase, trêmulo.
Muito, mas muito bom mesmo.
Grande abraço perfumado

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