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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Um Cálice de vinho tinto de liberdade

“Como beber dessa bebida amarga” – Cálice!
Cale-se a voz acintosa do covarde
que, sem face e sem nome,
num prelúdio de outros tempos,
revela-se agora vil e estúpida.
“Tragar a dor engolir a labuta” – Cálice!
Cale-se a voz “invisível” e implícita
da opressão, que desce o látego
em nossas costas, para fazer-nos mudo
nesse mero mundo de ambições...
“Mesmo calada a boca resta o peito” – Cálice!
Cale-se tu, migalha insignificante desse teu AI5
insensato de ideais mortos, pois tu
não sabes a cor do sangue que já foi
derramado em todos os textos, em todas as letras,
em toda palavra que um dia, tentastes calar.
“É difícil acordar calado, mas na calada da noite
Eu permaneço atento, para a qualquer momento
ver emergir em todas as pessoas” um cálice novo
de novos alentos, de vinho tinto de luta,
nessa nossa escuta imaculada de um novo tempo
que faz se ouvir e falar na voz de uma arte nova,
nessa nova aurora de gritar.
Cálice! – sim, cale-se tu!!!!

2 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Márcio, está chovendo em meus olhos, em meu teclado e eu estou cortando cebolas. Dizem que ao final resta o sal, montes de sal.

Não há mais palavras, gritaste todas, meu amigo.
Sinto-me honrada em saber-te e sentir-te meu amigo.
Sou tua amiga, amiga-amiga. Amiga pura, sem desejos, dessas de compreender, sem perguntar.

Sabe, esta parte éolado bom de uma face ruim. E digo-te sempre que, em tudo há polos opostos. Vês, por conta de uma aspereza, a delicadeza chega.
Faces opostas e complementares.
Beijos, amigo.

Beatriz disse...

É sempre viva essa luta por liberdade. Força total no poema.
beijo e abraço poeta

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