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domingo, 10 de janeiro de 2010

Das coisas que eu não disse

O que eu pensava, depois de ontem, sono ainda morno,
que o que tinha ficado era apenas saudade de um hoje
de anos atrás que ainda esta vivo. Vejo e sinto, agora,
permanecendo depois dos meus pretéritos,
como presente... Pressinto ainda futuro nesse idílio.
Mas, perdido na noite dos meus diafragmas,
dos soluços sem solução, depois daquela tempestade toda,
percebo um sol farto em minha janela, agora aberta
para deixar o vento entrar.
E estava tudo tão complicado, depois de esperar
sentado na mureta, aquele mesmo vazio estava lá,
mas não, não está mais, está mesmo é o caminho
que foi se formando pelos meus pés, esses mesmos,
descalços. E aí foi bater papo, falar das coisas novas,
contar histórias velhas, eu fiquei contente, e, de repente,
ficou tudo muito claro: não precisava desespero.
Tudo bem, tudo bem, não há mais réplica nem tréplica,
agora é sentar e ver o tempo desenhar tudo que
eu sempre tive convicção. Engraçado que nem sei por que
sinto isso, nem sei por que sei, apenas sei, apenas sei...

3 comentários:

Quintal de Om disse...

É, penso às vezes que apenas sei.
Sinto que apenas sei.... até de coisas que não sei, ninguém sabe, nem querem saber.

Caminhos, passos, estradas...

Então penso: Será que, à medida que você vai vivendo, andando, viajando, vai ficando cada vez mais estrangeiro? Deve haver um porto.

Lílian Alcântara disse...

cheio de joguetes de palavras... tens o dom

Juliana Matos. disse...

Engraçado, que as vezes sentimos coisas tão estranhas em nossos corações, o coração bater mais forte sem saber, a vida passando tão rápido, os momentos se dissipando na memória, as palavras soltas pelo ar, mais ainda nos resta a vida: que merece ser vivida e entendida como uma alegria, mesmo que sentimentos não tão bons nos aflijam, ainda existem desenhos que precisamos rabiscar e desenhar em nosso ser e na vida de outras pessoas que passarão por nossos caminhos ou nos acompanharão..

Belo texto, profundo e sensível

BJos

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