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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

algum fim

a vida
torta vida
de estômago e ira

não se comporta
a sátira do dia

não se faz fé
nem um beco que ria
estrondozo e vil

de tarde importa
o medo para dentro

pois para fora
se come afeto
estreito de alinhavo

apertos são mãos
e algum estrangeiro
passando apuros

são curtos
e cabisbaixos

meus olhos aflitos
de vastidão

nenhum espelho
reflete agora

apenas me movem
para algum fim

2 comentários:

Anônimo disse...

Dou umas sumidas, mas continuo a ler os amigos. Gosto da sua intensidade e de suas respostas altamente poéticas.
Vc é um doce, e voraz. Ótima combinação ;)

Beijo!

Sueli Maia (Mai) disse...

Querido,

estou em viagem, por aqui a net é um horror...
Mas eu não poderia deixar de vir aqui para te desejar um bom natal, meu amigo querido.

fica bem.

quando eu voltar lerei tudo que perdi.

beijos.

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