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domingo, 12 de dezembro de 2010

extinto

no ônibus se lembra
de tão famigerado
é o tema,
que nem vidro borrado queima
a íris de algum tinto
que o bar calado,
um som extinto
ao fundo desse
palco de dois passos,
estremece e é tango...
ainda se colhe
o lembrado de palavra
ou verso, que se tece
ou mistura de oxigênio
e carbono de cidade
de montanhas de concreto
com teto vírgem de nuvens
e mar...

2 comentários:

Anônimo disse...

Tons metafóricos sem igual!

Amei. =)

Sueli Maia (Mai) disse...

Olhos por trás dos vidros - in door - e a dor da clausura e a visão atenta a tudo; e tudo é mote ao poema.
Muito interessante, Márcio, me lembrou dos poemas que fazias quando te conhecí.
Do material de demolição, de tudo que está extinto, dissolvido em caos, tu recolhes e tecendo palavras transformas em poemas.

Tu és um artesão, um tecelão de palavras.

eu gosto e vejo nisto o caos do mundo aos olhos de um poeta enclausurado nas vidraças urbanas.

Beijos, querido

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