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domingo, 24 de abril de 2011

Desembarque

Toda pressa, a unginda peça
de um descanço
que desconsidera pela hora,
é azáfama vil.

E a rua cega e vestígios:
vultos de semblantes,
sorrisos desmanchados
na multidão...

Nenhum olhar percebe,
agora, na pupila do instante,
o galgar de uma preguiça.

Destemperar o ocre do dia
com a cor inesperada -
e são flores - e é verniz,

o que deixou de notar
na tentativa veloz
de não perder o embarque
para o próximo compromisso.

2 comentários:

Hugo de Oliveira disse...

bonita poesia.
Feliz Páscoa.

abraços

Quintal de Om disse...

♪ E o meu coração embora
Finja fazer mil viagens
Fica batendo parado
Naquela estação... ♪

Hehe, me fez lembrar essa música de Adriana Calcanhoto.

Gostei, Márcio. :)

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