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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

ontem

guardo de ontem
o que não confessei
em palavras,
guardo o desequilíbrio
dos meus olhos,
que perderam o freio
e pararam diante
dos teus.
guardo a garoa
teimosa,
minhas mãos desatentas
procurando consolo
no enlace
dos teus cabelos.
guardo de ontem
uma falta de coragem
por não provar
teus lábios,
guardo uma porta
imagética com
tua promessa
de deixá-la
semi aberta.
a chuva lá fora
deixou os vidros
do carro turvos,
meu coração
desinibido
destilando verbos
pela rua afora.

5 comentários:

Nadja Reis disse...

'meu coração
desinibido
destilando verbos
pela rua afora'


Adorei!

:)

Anônimo disse...

Vc sabe ser romântico sem clichês. É raro isso, e tão bonita a forma como se coloca!

Beijo.

O que Cintila em Mim disse...

Que lindo!

Lua Nova disse...

Como compreender o que se passa com tua alma que semeia versos a cada passo?
Admirável, de uma beleza romântica e original, doce sem ser piegas...
E quem já conversou com vc sabe
"...destilando verbos
pela rua afora." que essa frase expressa a mais pura verdade.

Meu querido, fiz uma homenagem ao seu talento em meu blog branco publicando um texto seu.
Espero que goste.

Beijokas e meu carinho.

Nadja Reis disse...

Passando para,(também!),agradecer a visita!





*Obs:é Naná e não Nina.


UAHAUAHAUAHAU


bjoss

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