Feed

Assine o Feed e receba os artigos por email

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Bélico

Caminhei ali, esparramado e vasto,
em minha lida exaustiva e cega.

Minhas pedras guiaram-me dor e calos
dentro de mim, destino afora.
Abas da vida em cólera: planta-se espinhos,
nascem flores, algumas despetaladas.

Caminhei galhos fenecidos,
carvão da noite lustrando o amanhecer.
Foi assim, um grito mudo
e os olhos calados pintando a sorte.

Eles eram fortes, pequenos, mas fortes.
Carregaram a esperança nas mãos
e o sonho plantado adiante
em sorrisos de dente de leite.

Caminhei, rabisquei minha alma rupestre
e cheguei, fé, entre a lança e a rosa
e agora pingo solidão em gotas de orvalho.

E os amanhãs ficaram para trás,
e nuvens cobrindo de cinza
os dias em fogos de artifício.

Não há brinquedos, só queda,
e pernas curtas abrindo caminho
para algum jardim,
alguma porta que esteja aberta.

4 comentários:

Quintal de Om disse...

Caminhar sempre...

Abraços, flores e estrelas....

Cris Rubi disse...

E os amanhãs ficaram para trás, no entanto não devemos fazer do amanhã o sinônimo de nunca,
Nossos passos ficaram.
Mas devemos olhar pra trás e ir em frente, pois há muitos que precisam
que cheguemos para que possam nos seguir.

mundo azul disse...

_________________________________

Mesmo que os jardins seja todos destruidos, sempre haverá alguém a reconstrui-los...

Gostei muito do seu poema!

Beijos de luz...

_______________________________

o que me vier à real gana disse...

Boa noite!

Bom, por aqui. Parabéns!

Arquivo do blog