Hoje quedei-me, vi-me arame farpado.
Se as vidraças da vida empoeirada não surtem efeito pela poeira,
Então, quão vil e pobre é a flanela que lustra esse viver.
Agora, não me reprimo, nem exprimo verdades alheias
Ao meu tácito perambular, mas, concomitantemente,
Visto tuas necessidades um dia após o outro.
Já me fostes profícua, fostes-me extrato,
Foste-me o amargo do fel que me sacia o sabor,
Porém, não te iludas, não te desvencilhes da verdade.
Embora meu corpo padeça, meu coração
É sombra fresca por onde repouso minha tranqüilidade.
Chamas-me insano, chamas-me deus e demônio,
Mas sou apenas querubim armando arco
Para flechar teu coração tão certo de não me querer.
Ora, és dona de tuas vontades,
Não me culpes por despertar o fogo devasso do amor
Que te queima em todos os silêncios,
Em todas as noites.
Sou apenas esse açoite de doer
Em vontades inacabáveis.
sábado, 3 de janeiro de 2009
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3 comentários:
A emoção se faz presente em cada respiro de verso na construção de sua particular arquitetura; enfim, algo para não nos esquecer ou colocar num canto, senão do nosso coração e da nossa memória. Parabéns, poeta!
Meu carinho.
Glória
Oi, querido.
Por vezes eu te leio e releio e penso repensando se d'agora em diante, irás brincar ou agravar das dores, um amor.
Mas a vida parece ser, montanha russa, daquelas que piruetando, jogam borboletas no estômago ou em uns, faz vomitar.
Márcio, não sei o que será que te dá. E nem sei se sei o que será que em mim, também se dá, quando te leio e assim penso que escreves, não um texto, mais contextos de um viver de quem procura mesmo - um amor.
Muito carinho e, por favor, cuida do Márcio.
Deixa ele fazer, de novo, algodão doce e pipoca.
Boa noite,Márcio! Retribuindo a sua visita no Interlúdio, lendo seus poemas e gostando muito de estar por aqui! Parabéns!
Bjs.
Flor ♥
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