Ela estava com seus retalhos,
seus piolhos em companhia
divertindo seus dedos nos cabelos
e uma parede protejendo
dos perigos que rondam os salões
banhados de loja.
Ela estava fria como a madrugada
desenhando nuvens
com o vapor quente do seu ar,
estava silêncio conversando
com o olhar do vira-lata companheiro
e um dia rasteiro nascendo
com um pedaço de pão amanhecido
de outros dias, ela estava fome.
No céu – a última estrela
se apagou, e um resquício da noite
acompanha em forma de sombra
essa solidão.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
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3 comentários:
Vou ser clichê, sem qualquer vergonha - Lindo!
Lindo isto que escreveste.
Digno de um óleo sobre tela, uma aquarela, sei lá, qualquer artista que jogue cores neste quadro, neste foto poema, sei lá o que vou escrever.
Doce, terno, também são clichês...
Deixa ver... Márcio, eu choro, mudamente, silenciosamente, quando leio estes versos teus.
Isto é o máximo, quase divino.
Caramba, vou ser ridícula, não tem jeito...
Beijos, querido, beijos.
Olha, outra vez, a palavra agora, aquela que eu te digo, saio rindo daqui, foi discred...
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Pode isso?
Solidão é uma das minhas palavras preferidas, sabia? Mesmo que tenha uma carga triste, melancólica... mesmo que denote uma certa dose de dor, de alegria desfeita e evanescente. Talvez por ser na solidão que semeamos dias melhores, talvez por ser a solidão o solo de onde colhemos os pedaços de nós que esquecemos por aí, em partilhas existenciais que já não nos cabem mais.
Beijos, querido.
...eu agradeço à Deus, pela
graça que me destes, quando
não me permitiu partir deste
mundo, sem antes ter degustado
letra a letra, a inspiração,
sensibilidade, e poesia de
Márcio Ahimsa!!
beijos meus...lindo!
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