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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Céu de pano

E se fosse a noite com seu céu de pano
A rabiscar sonhos com estrelas de papel?
Ela viu vidraças embaçadas
E costurou seus medos numa bolsa de retalhos
E sentiu demais, e chorou demais, e sorriu também.
E se fosse sábado, seta de Ares,
A furar com pressa o seu coração?
Passeio desbotado com mancha de sabão
Com um fundo branco: ela pegou sua mão.
A noite é fosca,
Mas clareia curiosa qualquer abraço irmão.
Ela menina subindo a ladeira
Deixando rastros do seu perfume
Insumo-cálice de embriaguês manhã.
E se fosse hoje, córrego desvairado,
Lambendo o instante tão ela,
Espalhando pedrinhas de cristal
Pelas beiradas se fazendo sede,
E ela toda rede dormindo sob um teto de estrelas
A espreguiçar seu sono, a desenhar seu sonho.

2 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Oi, Márcio. Boa noite, amigo!

Amigo-lindo, esse poema tem algodão-doce..
Tem pirulito, mariola e as pipocas daquele mashimelow de ontem a noite.
Esta é uma série de poemas para brincar e alegrar. Sabe, do jeitinho que tu és, estes poemas te cabem. São do mesmo número dos teus pés.

Estão lindos.
E esta é a beleza que tens.
Eu sinto, com o coração.

Maravilha!
Procura escrever estes, dessa safra aí, que vais conseguir publicar.

Beijo-te.

Carinho, sempre.

Dauri Batisti disse...

... e se fosse, soa bem, como canção. Música boa de ler, poema bom de cantar.

Abraço.

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