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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Rio perdido

Nesse rio perdido,
já passei mais que noites, mais que sonhos desmedidos
procurando a curva do meu destino.
Já guardei os meus retalhos de esperança
e fiz pequenos lenços, bilhetes soprados pelo vento.
Correnteza abaixo, gotas borbulhantes
que banharam os meus dias,
quase sofro, quase chego
e o meu coração já ficou desmanchado
como a água que se espalha sobre a rocha,
um segundo do meu tempo rabiscado
por lágrimas que em mim deságuam...
Um corpo cambaleante caminha,
pés molhados e o meu rincão guardado
nessa linha tênue de vida
após o sossego: é a calmaria que me vence
rio abaixo de tristezas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Como não sentir nostalgia e sentimento de pureza vibrante diante das palavras aqui colocadas em forma de poema?! Poema esse que nos faz viver e reviver ... !Parabéns!

Flávia disse...

Paradoxalmente, nessa vida a gente deságua rio acima... penoso, difícil e desgastante, mas rio acima...

Feliz Natal, querido, tudo de bom pra vc.

Beijosmeus.

Tata disse...

Realmente a vida é um rio que corre, com correntezas ás vezes a favor e muitas vezes remamos contra a maré!!!Mas assim é a vida!

Bjus e bom 2009!

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