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segunda-feira, 7 de abril de 2008

Desalinho

Se você me encontrar acocorado em algum lugar
Não se esqueça de chegar bem de mansinho
Para não me assustar.
Outras coisas acontecem em redor,
O vento passa devagar e desalinha os cabelos brancos,
A noite alveja minha criança que esperneia o coração.

Se você souber dizer o que acontece,
Diga logo sem ter medo,
Pois acordo cedo e vejo uma prece em seu olhar.

Já vesti minhas lembranças,
Já esqueci minhas andanças,
E agora estou entregue ao que a vida sempre nos traz.

Já pintei uma aquarela,
Já espantei a sentinela
Que me espreitava através da euforia tão tenaz.

E, nesse verso em desalinho,
Sou menino aqui no ninho
Que somente quer ter paz.

Se você me encontrar, diga ao menos um olá,
Mas não me apresse em demasia,
Pois já cansei dessa folia
De não saber me descansar.

Um comentário:

Adenildo Lima disse...

Me disseram que a poesia morreu, antes briguei xinguei e fiquei bravo,mas só agora vejo que nao foi a poesia que morreu, somos nós que estamos perdendo a essência humana.
Parabens caro amigo,Márcio Ahimsa!

Adê

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