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domingo, 6 de abril de 2008

Gelo

Enfeitar a pele, cobrir o rosto com ornamentos,
Beleza, sutil jeito de camuflar nossa verdade.
Ícones do nosso medo, de sermos somente um acordar,
Despenteado, bocejo e adormecer.
Somos encanto em desencanto, um canto de nós esquecido,
Um dia vencido quando desvencilhamos nossa força.
Tentamos nos encontrar em cada face alheia,
Em cada rumo que não nos pertence.
Tentamos sair cobrindo nossa ira com um sorriso,
Malacafento, é verdade, mas dá para ludibriar nossa busca pelo perfeito.
Não esvaziamos nosso corpo do cansaço,
Não desviamos nosso caminho do fútil, inútil devoção ao tempo,
A preencher cada segundo com nada, ou tudo.
A regra é não perdê-lo, desperdiçá-lo.
Cobrir nossa vaidade, ser alguém na vida,
Esquecer a saudade, achar uma saída:
Esquecemos que caminhamos sempre para o fim.

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